Situado em área estratégia da região Norte, bucólico, seguro, estamos assistindo dia a dia a degradação paulatina da sustentabilidade social, ambiental, urbana e artificial dos muitos predicados que encontramos no Bairro Santo Antônio, quando mudamos para cá há mais de uma década: ausência de tráfego, predominância de residências multifamiliares em detrimento de condomínios verticais, diminuta especulação imobiliária, reduzidas áreas de alagamentos e inundações, boa ventilação e iluminação, paisagem urbana e patrimônio natural e cultural, razoavelmente preservados.
De quem é a culpa?
Parte nossa, dos moradores do Bairro e do Poder Público, também.
O Poder Público que deveria zelar pela sustentabilidade econômica e social do Bairro, planejando seu crescimento, condicionando e avaliando os impactos dos empreendimentos, negativos ou positivos, limita-se a conceder licenças e alvarás despido de uma análise sistêmica, holística e sustentável da verticalização do bairro, sendo crível supor os prováveis impactos que o Bairro Santo Antônio irá sofrer no prazo médio de 05 anos, tais como :a) adensamento populacional diante do acréscimo de, no mínimo 3000 novos residentes num Bairro territorialmente pequeno com população atual estimada 6000 habitantes;b) aumento da demanda por equipamentos urbanos e comunitários hoje inexistentes;c)aumento especulação imobiliária diante da valorização dos imóveis e pressão econômica para a construção de condomínios verticais em detrimento de residências multifamiliares;d) aumento exponencial da geração de tráfego e explosão da demanda por transporte público, timidamente existente no Bairro;e) prejuízos imediatos à ventilação, iluminação, paisagem urbana e patrimônio natural e cultural(Na Rua Guia Lopes, por exemplo, existem residências em estilo enxaimel, centenárias, tombadas); f) impermeabilização do solo urbano e diminuição de áreas verdes;
Em boa hora a Câmara de Vereadores de Joinville aprovou a Lei que institui o EIV-Estudo de Impacto de Vizinhaça. Embora o instrumento estivesse previsto no Estatuto da Cidades e no Plano Diretor de Joinville, os Comissários diziam que o EIV não poderia ser exigido porque o ato normativo não existia. Agora existe e é lei. Aguardamos com ansiedade a regulamentação do diploma normativo
Por este motivo, devemos dizer NÃO À VERTICALIZAÇÃO
Porquê? Porque crescer com qualidade hoje para que todos passam usufruir amanhã é um imperativo.
A Rua Prudente de Moraes, que já possui mais de 02 dezenas de Condomínios verticais, vai ganhar mais um no local abaixo
Não acredita? Espere para ver....