Meu Bairro Minha Vida. As vezes nos perguntamos porque escolhemos morar no Santo Antônio. Motivos não faltam. O bairro é pequeno, estrategicamente situado na região norte, seguro, bucólico. Não é para menos, segundo dados do IPPUJ, o Santo Antônio tem 5443 habitantes, área de 2199 km2 e 2,475 hab\km2. Mas, não se enganem, este quadro tende a mudar para pior. Recentemente a Associação tomou conhecimento pela imprensa que uma grande construtora pretende construir 394 aptos no terreno localizado na Rua Guia Lopes(foto abaixo).
O imóvel que era ocupado por uma antiga transportadora foi adquirido por uma grande construtora. O tempo passou e os Comissários concluíram que a estreita Rua Guia Lopes, que sofre com os alagamentos constantes, vai ter que abrigar em torno de 2000 pessoas, no prazo de 02 anos- equivalente a 40% da atual população do Bairro. Guardadas as devidas proporções, são mais menos 500 veículos transitando no Bairro num futuro próximo. O SEINFRA já deu o sinal verde e estranhamente, o FUNDEMA também. Navegando no Google earth, observa-se que o Imóvel é próximo ao Rio Cachoeira e na contramão do Código Florestal, o alto comissariado ambiental concedeu recentemente a licença de instalação. Pedimos por escrito uma cópia dos documentos e nem precisamos dizer qual foi o veredito do órgão: NEGADO por telefone, é claro.Teremos que recorrer, novamente, ao Ministério Público.
Registre-se que não somos contra o crescimento, mas defendemos o desenvolvimento planejado e sustentável. A própria Constituição estabelece em seu art. 170 e artigo 182 que a propriedade deverá atender sua função social.
Por sua vez, o Estatuto das Cidades-Lei Federal 10257-2001 prevê em seu artigo 36 que Lei Municipal deverá criar o EIV-Estudo de Impacto de Vizinhança-um importante instrumento de zoneamento ambiental e urbanístico para frear a concessão desmedida de licenças e autorizações para construir.
O EIV contempla várias questões, destacando-se os impactos positivos e negativos do empreendimento quanto à qualidade de vida da população atingida residente na área, ou nas suas proximidade. Mas, na Manchester Catarinense, enquanto este importe instrumento não é criado pelo Legislativo de Joinville, algumas imobiliárias e construtoras vão sem pudor, inflando o mercado imobiliário e contribuindo para piorar a qualidade de vida da população em nosso querido Bairro.
Querem um exemplo: basta andar na Rua Prudente de Moraes, sentido Rua Blumenau, nos horários de pico. Há exatos 05 anos, transitar em direção à Rua Blumenau não era o suplício que é hoje.
Boa noite,
ResponderExcluirMeu nome e Javier Posada, atual Sindico do condômino Napoli, de 14 casas, na Rua João Vogelsanger, 345. Concordo totalmente com a sua opinião. Também fiquei sabendo pro fontes seguras, que existem intenções de compra do lote na mesma rua, do lado do riacho e área verde, para construção de prédios com apartamentos com valor aproximado de $120,000. Conheço um dos donos desse terreno e o dono da empresa construtora que trabalha diretamente com a Caixa Econômica Federal. Um dos donos do lote me falou que eles desistiram de fazer um condomínio de casas devido a todos os empecilhos apresentados pelas autoridades ambientais. Agora, quando envolve governo e políticos, pode ser que a construção de menor valor para fomentar vivenda seja aprovada. Isto não seria surpresa, ou igual que os prédios que o senhor comentou.
Fico a sua disposição para ver como podemos ajudar. Estou seguro que esta situação preocupa a todos nós.
Gostaria de parabenizá-los pelo uso deste canal de comunicação e dizer que o Bairro São Marcos também enfrenta o mesmo problema, de modo que devemos juntar forças para preservar os direitos e interesses de nossas comunidades, sob pena da especulação imobiliária, respaldada pela incompetência dos nossos Vereadores e demais interessados, comprometerem o futuro da nossa cidade.
ResponderExcluirVamos mobilizar e unir as nossas Associações
Joni Marcos Becker
Bairro São Marcos
Olá, não moro na rua mas passo por ela constantemente. Ela pode não ser movimentada mas imagina quando tiverem 2000 pessoas entrando e saindo?Agora imagina em dias de enchente? Esse é uma rua impossível de trafegar em dias assim. Quando li esse post, não acreditei, e fiquei com pena das pessoas que vão comprar, pois muitas delas não sabem do rio que passa atrás e que essa é uma região mapeada pelo governo como região de fácil alagamento. Quando na Blumenau o rio passa por cima imagina o estado das casas nessa rua. Espero que quando as pessoas comprarem o AP, exijam da construtora um barco a remo para poderem sair de suas casas.
ResponderExcluirApoio o comentário de que o crescimento deve ser planejado e não desorganizado. Fico surpreso com a aprovação dos órgãos responsáveis pois a fila na Dona Francisca já é grande, assim só vai aumentar, e na Prudente? Fila lá? E a fila que vem se formando na Rua Visconde de Mauá? A cidade está cada vez mais congestionada e o que fazem? Colocam sinaleiros? Não essa moda já foi, agora é colocar trevos.