segunda-feira, 4 de abril de 2011

MEU BAIRRO MINHA VIDA

Meu Bairro Minha Vida. As vezes nos perguntamos porque escolhemos morar no Santo Antônio. Motivos não faltam. O bairro é pequeno, estrategicamente situado na região norte, seguro, bucólico. Não é para menos, segundo dados do IPPUJ, o Santo Antônio tem 5443 habitantes, área de 2199 km2 e 2,475 hab\km2. Mas, não se enganem, este quadro tende a mudar para pior. Recentemente a Associação tomou conhecimento pela imprensa que uma grande construtora pretende construir 394 aptos  no terreno localizado na Rua Guia Lopes(foto abaixo).

O imóvel que era ocupado por uma antiga transportadora foi adquirido por uma grande construtora. O tempo passou e os Comissários concluíram que a estreita Rua Guia Lopes, que sofre com os alagamentos constantes, vai ter que abrigar em torno de 2000 pessoas, no prazo de 02 anos- equivalente a 40% da atual população do Bairro. Guardadas as devidas proporções, são mais menos 500 veículos transitando no Bairro num futuro próximo. O SEINFRA já deu o sinal verde e estranhamente, o FUNDEMA também. Navegando no Google earth, observa-se que o Imóvel é próximo ao Rio Cachoeira e na contramão do Código Florestal, o alto comissariado ambiental concedeu recentemente a licença de instalação. Pedimos por escrito uma cópia dos documentos e nem precisamos dizer qual foi o veredito do órgão: NEGADO por telefone, é claro.Teremos que recorrer, novamente, ao  Ministério Público.
Registre-se que não somos contra o crescimento, mas defendemos o desenvolvimento planejado e sustentável. A própria Constituição estabelece em seu art. 170 e artigo 182 que a propriedade deverá atender sua função social.
Por sua vez, o Estatuto das Cidades-Lei Federal  10257-2001 prevê em seu artigo 36 que Lei Municipal deverá criar o EIV-Estudo de Impacto de Vizinhança-um importante instrumento de zoneamento ambiental e urbanístico para frear a concessão desmedida de licenças e autorizações para construir.  
O EIV  contempla várias questões, destacando-se os impactos positivos e negativos do empreendimento quanto à qualidade de vida da população atingida residente na área, ou nas suas proximidade. Mas, na Manchester Catarinense, enquanto este importe instrumento não é criado pelo Legislativo de Joinville, algumas imobiliárias e construtoras vão sem pudor, inflando o mercado imobiliário e contribuindo para piorar a qualidade de vida da população em nosso querido Bairro.
Querem um exemplo: basta andar na Rua Prudente de Moraes, sentido Rua Blumenau, nos horários de pico. Há exatos 05 anos, transitar em direção à Rua Blumenau não era o suplício que é hoje.


3 comentários:

  1. Boa noite,

    Meu nome e Javier Posada, atual Sindico do condômino Napoli, de 14 casas, na Rua João Vogelsanger, 345. Concordo totalmente com a sua opinião. Também fiquei sabendo pro fontes seguras, que existem intenções de compra do lote na mesma rua, do lado do riacho e área verde, para construção de prédios com apartamentos com valor aproximado de $120,000. Conheço um dos donos desse terreno e o dono da empresa construtora que trabalha diretamente com a Caixa Econômica Federal. Um dos donos do lote me falou que eles desistiram de fazer um condomínio de casas devido a todos os empecilhos apresentados pelas autoridades ambientais. Agora, quando envolve governo e políticos, pode ser que a construção de menor valor para fomentar vivenda seja aprovada. Isto não seria surpresa, ou igual que os prédios que o senhor comentou.
    Fico a sua disposição para ver como podemos ajudar. Estou seguro que esta situação preocupa a todos nós.

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  2. Gostaria de parabenizá-los pelo uso deste canal de comunicação e dizer que o Bairro São Marcos também enfrenta o mesmo problema, de modo que devemos juntar forças para preservar os direitos e interesses de nossas comunidades, sob pena da especulação imobiliária, respaldada pela incompetência dos nossos Vereadores e demais interessados, comprometerem o futuro da nossa cidade.
    Vamos mobilizar e unir as nossas Associações
    Joni Marcos Becker
    Bairro São Marcos

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  3. Olá, não moro na rua mas passo por ela constantemente. Ela pode não ser movimentada mas imagina quando tiverem 2000 pessoas entrando e saindo?Agora imagina em dias de enchente? Esse é uma rua impossível de trafegar em dias assim. Quando li esse post, não acreditei, e fiquei com pena das pessoas que vão comprar, pois muitas delas não sabem do rio que passa atrás e que essa é uma região mapeada pelo governo como região de fácil alagamento. Quando na Blumenau o rio passa por cima imagina o estado das casas nessa rua. Espero que quando as pessoas comprarem o AP, exijam da construtora um barco a remo para poderem sair de suas casas.
    Apoio o comentário de que o crescimento deve ser planejado e não desorganizado. Fico surpreso com a aprovação dos órgãos responsáveis pois a fila na Dona Francisca já é grande, assim só vai aumentar, e na Prudente? Fila lá? E a fila que vem se formando na Rua Visconde de Mauá? A cidade está cada vez mais congestionada e o que fazem? Colocam sinaleiros? Não essa moda já foi, agora é colocar trevos.

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