Historicamente, o Bairro Santo Antônio recebeu a delimitação através da Lei Municipal nº 1526 de 05/07/1977, mediante a construção da estrada Dona Francisca, conhecida como Nordstrasse[1].
De acordo com o IPPUJ-Fundação Instituto de Pesquisa e Planejamento para o Desenvolvimento Sustentável de Joinville(www.ippuj.sc.gov.br), consta a informação que o Bairro Santo Antônio foi oficialmente criado pela Lei Municipal 1681, de 10.09.1979.
O Bairro Santo Antônio ocupa uma posição geográfica muito privilegiada em Joinville, próximo à Zona Industrial e limítrofe aos Bairros América, Saguaçu, Costa e Silva e Bom Retiro. Possui uma população estimada em torno de 5443 habitantes, densidade demográfica de 2475 hab/km2, área total de 2,199 km2[2] e cresceu rapidamente nos últimos 08 anos, tornando-se se uma região próspera e predominantemente residencial.
Em obediência ao disposto no art. 182 da Constituição Federal de 1988 e o Estatuto das Cidades- Lei 10257/2002, a Câmara de Vereadores de Joinville aprovou a Lei Complementar 167/2009, sancionada pelo atual Prefeito, criando o Plano Diretor e de Desenvolvimento Sustentável de Joinville. Entrementes, no ano de 2010, com a ediação da Lei Complementar 312/2010, de 19.02.2010, dando nova redação à Lei Complementar 26/96, estabeleceu-se as normas de Parcelamento, Uso, Zoneamento e Ocupação do solo de Joinville .
Dentre o rol de modificações implementadas pela nova legislação municipal em obediência ao comando constitucional, destaca-se a proibição e vedação ao exercício de determinadas atividades industriais e de prestação de serviços de transportes em áreas consideradas residenciais, em vários bairros de Joinville, tal como o Bairro Santo Antônio.
Uma palavra sobre a Associação Viva o Bairro Santo Antônio: Trata-se de uma associação sem fins lucrativos, criada aos 31.01.2011 e registrada no Cartório de Títulos e Documentos de Pessoas Jurídicas de Joinville aos 08.02.2011 e possui como objetivos, de acordo com seu artigo segundo:
a) Preservar e proteger os direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos dos moradores do Bairro; orientar, auxiliar e prestar assistência moral, administrativa e judicial aos moradores do Bairro Santo Antônio no que se refere à defesa do meio ambiente natural, artificial, urbanístico, estético, cultural, sítio arqueológicos, mananciais, cursos de água, vegetação nativa, segurança, saúde, bem estar, higiene, impactos de vizinhança, tributos, multas e sustentabilidade econômica do Bairro Santo Antônio e bairros limítrofes, pautando suas ações para assegurar a qualidade de vida, saúde, dignidade da pessoa humana, respeito ao direito constitucional de propriedade, aos direitos fundamentais, direitos humanos e ao direito constitucional ao meio ambiente equilibrado para a presente e futuras gerações, previsto no inciso I do art. 225 da Constituição Federal de 1988;
[1] Segundo o historiador Apolinário Ternes, em História Econômica de Joinville, pág. 64, “ A decisão de iniciar a estrada, logo no terceiro e quarto ano de instalação dos primeiros imigrantes, constituiu, sem dúvida, iniciativa de arrojada visão, pois a Estrada Dona Francisca exerceria notável influência no ritmo de desenvolvimento da colônia. A construção da Estrada Dona Francisca serviu de elo de ligação entre a Colônia e Curitiba contribuiu também para a instalação de outros núcleos populacionais ao longo do seu trajeto. Por volta da década de 30, a região não dispunha ainda de ruas laterais. Pelo volume de tráfego, principalmente de carroças, naquela época, a Dona Francisca já era uma rua larga, ensaibrada; a atual Rua Rui Barbosa (antiga Kreutzstrasse) já existia e fazia a ligação com o Bairro Vila Nova; a Estrada do Braço (Brassenstrasse) também já existia e ligava a Colônia à Estrada da Ilha. A Rua Prudente de Morais era conhecida por Stockstrasse, em função do comércio do Sr. Emílio Stock. O Rio Cachoeira, conta Osvaldo Edmundo Scholz, tinha águas de cristal, sua nascente é próxima (no bairro Costa e Silva) e dele tiravam areia branca, bonita, que era vendida nas obras. 0 leito era estreito e nesse trecho não era navegável. Era como uma cachoeira mesmo e tinha muito peixe.
[2] Dados obtidos no site www.ippuj.sc.gov.br, acesso em 20.10.2010
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